Nota sobre atrasos no processamento de vistos em Luanda

A pandemia e o fechamento do turismo internacional, em particular para o Brasil, interrompeu drasticamente a demanda de vistos de turista em 2020 e 2021.
A partir do segundo semestre de 2021, a gradual reabertura da imigração para o turismo permitiu que milhares de cidadãos angolanos, cerca de dez mil desde agosto, retomassem seus planos e viessem a procurar vistos de turista para o Brasil.

A capacidade de processamento de vistos foi rapidamente superada pelas solicitações, o que se agravou quando o ensino presencial foi retomado e centenas de estudantes angolanos foram convocados novamente a comparecer às instituições de ensino. O acúmulo era da ordem de 5 mil solicitações até início de fevereiro.

Neste momento medidas estão sendo tomadas na área de recursos humanos e materiais a fim de dar sustentabilidade ao serviço consular no futuro e evitar maiores esperas dos requerentes de vistos.

Entre pedidos de visto regulares, a embaixada tem recebido centenas de requerimentos com documentação bancária adulterada (extratos falsos e contas bancárias inexistentes), o que atrasa muito o atendimento e termina por prejudicar a todos.
A embaixada tem organizado, nas últimas semanas, um esforço concentrado para aliviar a demanda reprimida, já tendo sido autorizados 3 mil vistos ao longo do mês de fevereiro.

Hoje a demanda atrasada reduziu-se a 2600 requerimentos. Entende-se que a demora nos processos de autorização leva muitos usuários a recorrer a intermediários, que nenhuma relação têm com a embaixada ou seu serviço consular ou seus funcionários. Tais intermediários cobram valores muito elevados para tramitar os requerimentos, o que é desaconselhável, pois não há preferência ou possibilidade de passar à frente na fila de processamento.

Apenas situações humanitárias, emergências ou consideradas urgentes são excepcionalmente autorizadas dentro das prerrogativas da embaixada.

Recorda-se que os vistos não são um direito, mas uma expectativa de direito a critério das autoridades governamentais.

Fonte: Embaixada brasileira em Luanda Angola

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